A beleza das cores das penas e o canto afinado que passa pelo bico encurvado, marca dos Psitacídeos, família à qual pertence, assegura ao ring neck (Psittacula krameri) um bom mercado de compra e venda. A grande variedade de tons que a espécie pode produzir, dada a capacidade múltipla de combinações, faz da criação uma prática rentável, sobretudo no segmento de ornamentação.
Exemplares de qualidade e bem cuidados são muito valorizados no comércio de aves, embora o preço dependa principalmente da cor. Em exposições e concursos, a participação pode render ao ring neck credenciais para novas e variadas mutações, alcançando gerações de porte e coloração cada vez mais definidos e marcantes.
A produção de novos matizes é possível por meio da mistura de três modos de herança genética que acompanham a espécie: recessivo, dominante e ligado ao sexo. De fato, são diversas as tonalidades e nuances que podem ser produzidas espontaneamente a partir do verde, azul, amarelo, branco, cinza e creme, as cores clássicas do ring neck, cujo nome tem como referência o colar que se forma no pescoço do macho ao longo dos primeiros dois anos de vida. Antes, porém, é importante ressaltar que a criação só pode ser exercida após autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A solicitação do documento deve ser feita junto às Secretarias de Meio Ambiente de cada Estado onde a atividade será exercida.
Com 40 centímetros de comprimento e peso que varia de 100 a 250 gramas, o ring neck se torna dócil se criado com esmero e paciência. Chega a aprender algumas palavras e comer na mão do criador quando ganha confiança. Contudo, se o manejo se dá em ambientes barulhentos, a ave tende a ficar agitada, característica indesejada num animal criado para a contemplação.
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