O Diamante de Gould é um passeriforme originário da Austrália, muito exótico e conhecido por conta de sua coloração diferenciada. Seu nome científico é Chloebia gouldiae, ou Erythrura gouldiae. Diferentes literaturas defendem um nome ou outro, no entanto é importante ressaltar que ambos se referem à mesma ave.
Essa confusão acontece porque a ave tem diferenças de cores que, no início, levaram os especialistas a acreditarem que se tratavam de aves diferentes. Daí em diante, parte dos estudiosos adotou um nome, e outra parte, o outro.
Em 1992 o Diamante de Gould chegou a ser considerado “ameaçado de extinção em seu estado selvagem” segundo os critérios da IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza).
Hoje, o número de indivíduos no mundo é considerado não preocupante, devido ao fato de ser muito difundido entre criadores e colecionadores.
Características
O Diamante de Gould, conforme citado anteriormente, tem como característica principal suas cores diversas. Sua plumagem costuma ser bem brilhante e variar entre tons de azul, roxo, amarelo, vermelho, preto, e verde, com algumas variações disponíveis.
O macho pode ter a cabeça preta, vermelha ou laranja.
Já seu peito, geralmente será violeta, com a barriga na cor amarelo ouro e o manto na coloração verde luminosa.
As fêmeas têm coloração parecida, embora menos viva em intensidade dos tons. Além disso, outra característica particular à elas são as caudas, ligeiramente menores do que a dos machos.
Os adultos costumam medir cerca de 12 a 14 cm de comprimento.
Subespécies
Existem três subespécies do Diamante de Gould, que se diferenciam basicamente pela cor de sua cabeça, sendo elas:
Poephila mirabilis (ou Poephila mirabilis, de acordo com a literatura): espécie com a cabeça na cor vermelha;
Poephila gouldiae (ou Poephila gouldiae, de acordo com a literatura): espécie com a cabeça na cor preta;
Poephila armitiana (ou Poephila armitiana, de acordo com a literatura): espécie com a cabeça na cor laranja ou amarela, considerada a mais rara das três.
Alimentação
Enquanto livre na natureza, o Diamante de Gould costuma se alimentar de sementes, brotos de verduras e insetos adultos e larvas.
Quando criado em cativeiro, é ideal que seu cardápio seja composto de semestes de alpiste, milheto e painço.
Também é importante incluir na dieta da ave verduras, como couve e chicória.
É preciso cuidado especial durante a postura de ovos, quando deve ser fornecida uma mistura de farinha para as aves. Basicamente, pode ser composta por 20% de farinha láctea, 60% de neston e 20% de farinha de rosca, além de ovo cozido esfarelado.
Reprodução
A fêmea fica pronta para se reproduzir à partir dos 10 meses de idade, quando pode colocar entre 4 e 8 ovos por postura, podendo acontecer de cinco a seis posturas por ano.
Em média, os ovos do Diamante de Gould levam entre 15 e 17 dias para eclodirem.
No entanto, quando em cativeiro, é preciso tomar um cuidado especial: a mãe não costuma cuidar muito bem dos filhotes, por isso é recomendado que seja usada outra ave como “ama seca” para a espécie. Isso quer dizer que outro pássaro, especialmente o Manon, deve ser utilizado para chocar os ovos postos pela fêmea do Diamante de Gould.
Após a eclosão, os filhotes se tornam independentes em até 50 dias, quando se separa dos pais – ou da ama, caso seja o caso.
Hábitos
Normalmente, o Diamante de Gould é uma ave bastante sociável, que gosta de interagir bastante com outras aves semelhantes e até com outras espécies.
No entanto, não costumam aceitar bem o contato humano e mesmo com aves maiores do que ela.
Assim, é comum encontrar o Diamante de Gould sempre em duplas ou em grupos.
Além disso, costumam ser aves bem ativas e brincalhonas, por conta disso, precisam de gaiolas espaçosas para que consigam se mover bastante.
Distribuição Geográfica
O Diamante de Gould é originário do norte da Austrália, sendo bem comum também na Nova Zelândia.
No entanto, devido ao fato de ser uma ave exótica e muito admirada por criadores, foi originalmente levada para a Inglaterra, e posteriormente acabou se espalhando por todo o planeta.
Vale lembrar que na natureza, eles costumam escolher locais com clima quente, secos e com muita água e vegetação para viver.
Curiosidades
O Diamante de Gould foi descoberto em 1833 por uma expedição francesa, no norte da Austrália.
As primeiras aves da espécie foram levadas para a Europa no século XIX, graças ao ornitólogo e estudioso John Gould, que deu nome a nova espécie em questão.
Na natureza, o número de aves encontra-se bem diminuto com relação a outros tempos, uma vez que seu habitat natural foi drasticamente alterado e reduzido.
No entanto, a quantidade total de aves não é considerada baixa, uma vez que muitas aves são criadas em cativeiro, por ser uma espécie muito apreciada por colecionadores e criadores.
Cuidados (criação)
A criação do Diamante de Gould demanda alguns cuidados especiais, para que tanto a saúde quanto a integridade a ave sejam mantidas.
Trocar a água e limpar o viveiro e os comedouros regularmente são cuidados básicos. Além de evitar a formação de bolor, também mantém o ambiente mais fresco.
Além disso, também é interessante manter uma banheira com água sempre limpa e fresca para que as aves possam se banhar e se refrescar.
A época da mudança de penas do Diamante de Gould é o momento que mais exige cuidado por parte do criador. Nesse momento, a alimentação deve ser reforçada, além da proteção contra correntes de vento e estresse, que pode ser causado por barulho excessivo e manuseio.
Também é importante que a ave tenha acesso a banhos de sol constantes, uma vez que o Diamante de Gould gosta muito da luz solar.
E por ser bastante sensível às mudanças bruscas de temperatura, vale a pena se atentar à sua proteção com relação a temperaturas frias e quentes demais.
Gaiolas e ninhos
As gaiolas mais indicadas para a criação do Diamante de Gould são as chamadas “criadeiras do tipo Argentina”. Um bom tamanho para a ave são medidas como 60X 40X 40cm de tamanho, com espaçamento de 12mm na grade.
É importante disponibilizar dois poleiros para que a ave possa se movimentar, bem como galhos de árvore.
Com relação ao ninho, é possível utilizar uma pequena caixa de madeira com medidas aproximadas de 20x12x12cm.
Seu interior deve ser forrado com grama japonesa ou raízes de capim. também são opção os materiais prontos para este fim, vendidos em lojas especializadas.
Canto
Embora não seja conhecido pelo seu canto, há uma particularidade aqui: somente o macho do Diamante de Gould emite algum canto, que ainda assim é considerado baixo e não muito melodioso.
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